tece uma armadilha
no centro da minha mente errante.
Olha com malicia,
o meu neurónio a funcionar,
e pensa:
"Hm! Que delicia, era tragar as memórias que ele está a guardar...".
Meche-se vagarosamente,
mas não esconde a rapidez do seu olhar,
remata, docemente,
os cantos para nada falhar.
Espera pacientemente,
na sua calma brutal,
o momento certo,
que anseia e imagina
para cumprir a minha sina,
cometendo um pecado mortal.
E no crânio ecoa:
tick, tack,
tick, tack...