20090123

Poema a Ninguém

Fugi do que pensei,
fugi do que sei,
tornei-me em Ninguém
porque não me encontrei.

O que escrevi amarrotei,
pois o mundo que olhei,
era cego e surdo,
apenas da boca fazia uso.

No meio de tamanho absurdo
que tanto presenciei,
como não fugi de tudo,
tentei deixar o poeta que criei.

Depois de tanto que tentei,
caí no chão e gritei:
"Mas se eu não sou poeta,
então o que serei?".