Fugi do que pensei,
fugi do que sei,
tornei-me em Ninguém
porque não me encontrei.
O que escrevi amarrotei,
pois o mundo que olhei,
era cego e surdo,
apenas da boca fazia uso.
No meio de tamanho absurdo
que tanto presenciei,
como não fugi de tudo,
tentei deixar o poeta que criei.
Depois de tanto que tentei,
caí no chão e gritei:
"Mas se eu não sou poeta,
então o que serei?".
Encontro/Desencontro
Há 11 anos