20091009

O homem que um dia amou

Enquanto o sol se punha
por detrás das colinas,
tu continuavas pelas linhas
a que a nossa casa se opunha.

Eu olhava,
mas não corria.
Eu chorava,
mas não me apercebia,
que foste
e não voltarás um dia.

O sol contigo foi,
ficou a noite escura
morta-viva e nua,
assassina da manhã pura.

Nada sei,
nada sou.
E o que ficou...
só entranhas supérfluas
do homem que um dia amou.

Sem comentários: